quarta-feira, 21 de março de 2007

Uma quase eterna luta

Hoje eu estava procurando um arquivo antigo no meu computador quando encontrei uma resposta bem simples para uma pergunta bem complexa. O que encontrei foi um trabalho feito em grupo na minha faculdade. Este trabalho foi inspirado em uma história real contada pelo professor Carlos A. L. de Lima.

Para quem quiser conferir a história, clique aqui.

Segue, agora, a resposta que meu grupo na faculdade deu à seguinte pergunta:

O que existe de fato: matérias difíceis, alunos “fracos”, professores ruins ou métodos inadequados de ensino?

Matérias difíceis não existem. O que existem são matérias com as quais o aluno tem pouca afinidade e, por isso, cria barreiras que dificultam a passagem de conhecimento por parte dos professores, muitas vezes mal remunerados e desinteressados.

Os alunos fracos existem, mas a culpa não é só deles. A culpa é da família que não o incentiva a pesquisar e a buscar o conhecimento; é das escolas que não oferecem uma estrutura que aperfeiçoe o aprendizado e desenvolva mais do que alunos gravadores, mas sim pensadores que saibam não só repetir fatos históricos decorados, mas também raciocinar, colocar suas idéias em ordem, dissertar e formar suas próprias opiniões.

Os estudantes não recebem uma boa educação básica, têm dificuldade de aprendizado e acabam desistindo de aprender, principalmente as matérias com as quais eles têm pouca afinidade, por não terem professores capacitados para perceber essa deficiência e ajudá-los. Isso acontece porque a maioria dos professores é desinteressada, e muitos tiveram suas próprias deficiências de aprendizado, até mesmo nas universidades, tendo, assim, os mesmos problemas que tinham como seus antigos professores. Portanto, cometem os mesmos erros.

Única coisa que faltou em meu trabalho foi falar um pouco sobre os métodos de ensino. Se pensarmos em método como apostila, sistema de ensino ou livros didáticos, não há método errado, inadequado. Agora, se pensarmos em método como maneira de transmitir um conhecimento (ou com música ou com aula expositiva), aí podemos pensar em maneiras mais eficientes, mas não em maneiras erradas ou inadequadas. Quem disse que um professor que utiliza uma música para dizer como tal operação matemática é feita é melhor que outro que apenas explica a mesma operação com giz e lousa? O que pode acontecer é o aluno que ouviu a música se lembrar com mais facilidade. Será? Mesmo o que não está interessado, que acha que nunca irá usar isso na vida?

Voltando, não há método inadequado ou errado. A não ser, claro, que o professor se recuse a dar aula ou não tenha interesse na lecionação (calma, não é neologismo. Há registro no Houaiss).

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