Nelson Mandela
Sejam muito bem-vindos ao meu blog que tem o intuito de refletir sobre a educação, no sentido mais amplo dessa palavra. Sintam-se à vontade para comentar, corrigir e fazer sugestões. Abraços, Vinicius Tomazinho
domingo, 14 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
Sobre o teatro
O queridíssimo e saudoso Paulo Autran, em entrevista, revelou:
“Teatro é principalmente texto. Gostar de uma boa peça é gostar de um bom texto teatral. Sou um amante da palavra. Ela é essencial para o teatro. Se há um intérprete, um texto e alguém vendo, isso é teatro.
O teatro é uma das formas de elevar o nível cultural do brasileiro. Ele recebe uma quantidade de informações que dificilmente receberá vendo TV ou um filme. Quanto melhor foi o nível cultural, mais ele gostará de teatro.
Nunca parei de ler, leio toda noite. Mas há atores que são absolutamente intuitivos, sem cultura nenhuma. Mesmo sem entender totalmente o personagem que fazem, têm talento.
Cultura não faz mal a ninguém. Tendo mais cultura, há como aprofundar mais o estudo do personagem. O ator pode encontrar maneiras de o personagem ser melhor compreendido pela plateia.
Uma peça é capaz de exibir uma quantidade tão grande de informações e um tão intenso manuseio da palavra, que você não encontra paralelo nem no cinema nem na TV, talvez só na palavra escrita, na literatura.”
Eduardo Tolentino de Araújo, diretor do grupo Tapa, acredita que o teatro brasileiro vive uma crise ligada à dimensão do ensino do idioma:
“Um país que não lê, em que se passam os alunos de ano para não abalar a estima deles, como esperar uma ótima dramaturgia?
Na escola de hoje nada tem importância. Temos um ensino complacente. Continuamos sendo o país do bacharelado, do anel no dedo, e isso se reflete no teatro. Temos uma dramaturgia de baixíssimo nível, apesar das exceções. Deveríamos ter uma média boa na dramaturgia, que nos servisse, como há uma média muito boa no futebol, de onde nasceu um Pelé.”