segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Por que "por que" e não "porque"?



Hoje, o problema abordado é o uso do porquê. Muitos acham que quem inventou os quatro porquês não tinha mais nada para fazer. Isso quando não questionam a integridade da mamãe do inventor. Contudo, não cabe a nós questionar sua existência; devemos aprender seu uso e ponto-final.

Então, quais são os quatro cavaleiros do apocalipse que causam terror nos falantes do português? Porquê, porque, por quê, por que. Tentemos explicar seu uso, sucintamente. O primeiro é substantivo. Assim, vem, normalmente, acompanhado de adjunto adnominal (o mais comum é o artigo). Exemplo: Sei o porquê do erro.

O segundo indica uma causa ou uma explicação. Tem a função de conjunção. Exemplo: Ele foi bem no exame porque estudou.

O terceiro (escrito com acento e separado) é, com frequência, usado no final de uma pergunta — direta ou indireta. Exemplo: Não comprou aquele livro por quê? Ela foi reprovada sem saber por quê.

E o último é parecido com o terceiro. Usa-se em perguntas também (direta ou indireta), mas quando não estiver no final da frase. Exemplo: Por que não comprou aquele livro? Ela não sabia por que fora reprovada.

Já entendeu o erro do quadrinho? Não? Vejamos três dicas, então. Use a que você achar mais fácil.

1) “Por que” é usado quando estiver subentendido “o motivo”.

Eu nunca entendi por que (o motivo pelo qual) inventaram embalagens de batata frita com fecho.

Observemos que não indica uma causa ou uma explicação. Assim, “porque” no sentido de “pois” não cabe na frase acima.

2) Já ouviu falar que inglês é mais fácil? Neste caso, pode ser. O inglês pode facilitar nossa vida. Havendo apenas dois porquês (why [por que] e because [porque]), fica mais fácil entendermos qual porquê empregar no português se traduzirmos a frase.

I can’t understand why ou because? Se fizer sentido why, use “por que”. Caso contrário, use “porque”.

3) Você sabe o que é oração coordenada e subordinada? Orações coordenadas não dependem uma das outras, já as subordinadas estão tão intimamente ligadas que não podem viver separadas. Analisemos dois exemplos.

A) Eu nunca entendi porque você nunca explicou.
B) Eu nunca entendi por que fizeram isso.

O exemplo A contém duas orações coordenadas. A segunda explica o motivo de o sujeito não ter entendido. Elas são tão independentes que posso separá-las, sem grandes prejuízos. Eu nunca entendi. Você nunca explicou.

O exemplo B mostra uma oração principal (Eu nunca entendi) e uma subordinada (por que fizeram isso), que complementa o verbo entender. Observemos que o complemento de um verbo é chamado de objeto. Assim, a oração subordinada é objeto direto de entender. O que eu nunca entendi? A razão de eles terem feito isso. Portanto, empregando uma oração subordinada objetiva direta, a conjunção correta é por que.

sábado, 17 de setembro de 2011

Dilma ignora analfabetos


Pelo visto, a presidente Dilma não está preocupada com a educação. Será que ela não percebe que o País seria muito melhor se tivesse uma educação de primeira? Confira a matéria do O Estado de S. Paulo: Erradicação do analfabetismo some do plano plurianual de metas de Dilma.

domingo, 11 de setembro de 2011

Sobre o preconceito

Tomara que, depois do pensamento grego, democracia, Renascença, a revolução industrial e tecnológica nos iluminem. O preconceito não é apenas sintoma de ignorância, mas lapsos de um narcisista. Ele nunca vai acabar?


Marcelo Rubens Paiva

Side by side



Entrevista com Ryan Gavorsky.

Arte: Junior Bulhões
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