A tirinha acima contém dois erros. O primeiro é muito
comum, pois, na maioria das vezes, falamos assim.
O verbo “lembrar” admite, basicamente, duas regências:
1) transitivo direto: lembrar alguma coisa — “Este
discurso lembra o de Rui Barbosa.” (Otoniel Mota);
2) pronominal: lembrar-se
de alguma coisa — Lembrou-se de comprar pão.
O fato é que, cotidiana e informalmente, dizemos “Lembrou
de comprar pão”. Isto é, cortamos o pronome “se”. Contudo, tal construção coloquial não deve ser imitada nos
textos.
Deste modo, as frases em questão ficariam assim:
— Lembra-se do Cebolinha, o meu filho?
— Não se lembra da tia Anete?
O outro equívoco é com relação ao emprego do quê, que recebe acento quando for tônico,
substantivo ou estiver no final de frases interrogativas. Assim, “O quê?” seria
o correto.
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