Desta vez, partilho com vocês uma realização profissional: a tradução deste livro infantil que foi eleito o melhor livro do ano da Irlanda. Acesse o site da editora Geração para saber mais informações.
E a educação?
Sejam muito bem-vindos ao meu blog que tem o intuito de refletir sobre a educação, no sentido mais amplo dessa palavra. Sintam-se à vontade para comentar, corrigir e fazer sugestões. Abraços, Vinicius Tomazinho
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
domingo, 7 de abril de 2013
O certo é “tons pastéis” ou “tons pastel”?
Acertou
quem respondeu “tons pastel”, pois substantivos que designam cores não variam.
Assim, o correto é:
Carros
cinza Tecidos turquesa
Camisas rosa (ou
cor-de-rosa)
Além
desse deslize, a redação da notícia não é das melhores e poderia ser aprimorada
evitando a repetição do verbo dar e retirando a crase antes de jihad (substantivo
masculino).
sábado, 23 de março de 2013
Sobre tradução
Para Borges, toda tradução tem vida autônoma, sendo a literal uma prova de infidelidade suprema ao autor ("por dar somente o sentido e não o essencial, que é a linguagem", observa Augusto dos Campos).
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Ambiguidade
A
polícia usou índio para cercar o prédio? Essa foi a minha pergunta ao ver a notícia.
É claro que, lendo o texto todo, conseguimos entender o que, de fato, houve: a
polícia cercou prédio ocupado por índios. Mesmo assim, o jornalista
poderia tomar mais cuidado com o título. Clareza é tudo, principalmente nos
jornais.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Aproximadamente e cerca de
É preciso
bom senso ao usar a palavra “aproximadamente” ou outra sinônima (por exemplo, “cerca
de”). Afinal, se um número é aproximado, ele não é, obviamente, exato.
Portanto,
devemos escrever:
Aproximadamente 20 pessoas compareceram à palestra.
E
não: “aproximadamente 17”.
Ou
então:
Cerca de 100 alunos viram o seminário.
E
não: “cerca de 98 alunos”.
Ao
ver as embalagens acima, a primeira impressão que temos é: Se são goiabas de
aproximadamente 197,5g, qual será o número exato? 197,567883121g?Absurdo!
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Concordância
Você
consegue achar o erro? É de concordância.
Está
escrito: “Ele não conseguem me dobrar”. A regra geral é concordar o sujeito com
o verbo. Assim, poderíamos escrever “eles não conseguem” ou “ele não consegue”.
sábado, 19 de maio de 2012
Redação de assisense está entre as melhores da Fuvest
Todos os anos, a Fuvest elege as melhores redações dos
vestibulandos e as divulga para que sirvam de exemplo aos alunos que prestarão
os próximos vestibulares.
Na última edição do vestibular, a redação da assisense Carolina
Morais Veloso de Mattos figura entre as 29 melhores. Atualmente, ela cursa o
primeiro semestre de Engenharia de Materiais da USP – São Carlos.
Abaixo estão a redação elogiada e o comentário do professor Vinicius Tomazinho.
O título é apropriado e revela não só a temática da
redação, como também a posição adotada pela candidata. O adjetivo “triste”
indica que a autora não concorda com o aborto político. A crítica fica nítida
no segundo parágrafo.
Já no primeiro parágrafo, podemos constatar que a
candidata é bem preparada e tem um bom repertório. Pelo fato de citar a revista
Times e a Primavera Árabe, notamos
que, além de bem informada, ela tem a capacidade de relacionar notícias e
desenvolver um raciocínio lógico.
O terceiro parágrafo evidencia uma característica que
toda redação de vestibular deveria ter: a candidata mostra que compreendeu os
textos da coletânea e fez uso eficiente de um deles. Tal característica somada
à consistência temática, à adequação ao tipo de texto e ao perfeito
desenvolvimento e conclusão garantiu não apenas uma boa nota, mas também o
privilégio de fazer parte do rol das melhores redações da Fuvest de 2012.
Quanto aos erros gramaticais, a autora foi quase
impecável. Houve um deslize na acentuação de ínterim — proparoxítona, o que é
perdoável, devido ao grande número de pessoas que pronunciam a palavra de forma
errada. Antes da última reforma ortográfica, o não, quando empregado como
prefixo, se ligava à palavra seguinte com hífen. Contudo, essa regra não está
mais vigente. Portanto, o correto é “não políticas”. O último deslize diz
respeito a este enunciado: “ser que participa e se identifica a um senso
coletivo”. É preciso muito cuidado ao ligar dois verbos que têm o mesmo
complemento. Tal construção só é permitida se a regência verbal for a mesma.
Participar e identificar são verbos transitivos indiretos, mas exigem
preposições diferentes: de e com, respectivamente, e não a. Assim, deveríamos
refazer o período: “ser que participa de um senso coletivo e com o qual se
identifica”.
domingo, 13 de maio de 2012
Superlativo e sentido figurado – homenagem às mães
Muitas
vezes o grau de um adjetivo, advérbio ou substantivo tem valor figurado. Por
exemplo, a frase “aquele jogador bate um bolão” não quer dizer, literalmente,
que o jogador joga com uma bola grande ou maior que as outras. Na verdade, foi
exaltada a qualidade do esportista.
Na
legenda da foto acima, lemos o vocábulo “gravidíssima”, no grau superlativo
absoluto sintético (aquele que se forma com o acréscimo do sufixo –íssimo).
Pesquisando no dicionário Houaiss, encontramos a seguinte definição para
superlativo: “grau do adjetivo ou do advérbio que indica qualidade ou
modalidade marcadamente superior ou inferior”. Contudo, notemos que foi usado o
adjetivo grávido, o que nos faz perguntar: é possível uma mulher ficar mais
grávida? Certamente, não. Portanto, a redatora usou o sentido figurado. Mas com
que intenção? De exaltar a beleza ou a gravidez da atriz? Será que é
exclusividade de gente famosa ou uma mulher comum poderia ficar “gravidíssima”
também?
Por
fim, aproveito para homenagear as mamãezíssimas, sem distinção, mas
principalmente as especialíssimas Neide, por me trazer ao mundo, e Camila, por
me completar. Parabéns pelo seu dia.
sábado, 28 de abril de 2012
1,8 milhão ou milhões?
O problema é recorrente. Esta concordância requer atenção.
Só usamos plural a partir do número 2. Mesmo se forem 1.999 gramas, nós escrevemos
1,999 quilo. O mesmo raciocínio se aplica ao milhão. Portanto, 1 milhão, 1,4
milhão, 1,8 milhão, 2 milhões.
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