O atual problema enfrentado no Brasil (o de os grandes se aproveitarem da população fraca e desorientada) não é exclusivamente da nossa geração. Podemos ver seus indícios já no nome proveniente da árvore Pau Brasil, explorada até quase ser extinta.
Portanto, só pelo nome, nota-se que somos frutos de uma colônia de exploração. E queira ou não, muitas vezes inconscientemente, pensamos em suas marcas, isto é, na escravidão, no desmatamento, na miséria e na fome. Às vezes, para tentarmos sanar essas mazelas e, em outras, para sobrevivermos. Temos aqui um bom exemplo para isso: o Programa Fome Zero. Nós pensamos e refletimos sobre ele, principalmente, durante as eleições. Muitos chegam a dizer que esse foi o diferencial do pleito de 2002. Porém, após as eleições, o idealizador desse programa disse não haver verbas suficientes para seu melhor funcionamento. Em outras palavras, infelizmente, demos nosso precioso voto, não para um presidente, mas sim para um programa que visava solucionar uma herança da época colonial. E, na hora de pôr em prática, ele não funcionou. Talvez, porque era um programa imperfeito. Entretanto, se o problema era a verba, para onde ela foi, então? Por que não foi direcionada para garantir a sua sobrevivência, leitor, ou a do Programa?
Por essas e por outras, hoje em dia, sai muito caro ser honesto, já que a tendência dos impostos é subir. Lógico, com tantos mensalões e mensalinhos que se tem de pagar para aprovar uma lei. Se voltarmos para o passado, vemos que isso é cultural, ou seja, o pagamento de “tributos” está enraizado em nossas famílias. Simplesmente porque nossa “independência” foi comprada. Não foi uma guerra sangrenta igual a dos Estados Unidos, cujos combatentes até atravessaram um rio praticamente congelado. E ficaríamos mais chocados se lembrássemos que D. Pedro I, nosso eminente rei, veio para o Brasil como um fugitivo. Deste modo, nossa dívida da independência, chamada agora de dívida externa, ainda está sendo paga. Contudo, não queremos estragar nosso dia pensando no passado.
Os políticos, esses, parecem gostar tanto de pizza que se esquecem de trabalhar. A segurança pública só prefere fazer o que é fácil: multa de trânsito, prender um ou outro. A educação, lastimável, pois querem enganar todos com a diminuição do número de analfabetos, no entanto sabemos que apareceu uma nova classe, a dos analfabetos funcionais e que o quadro da educação não mudou nada. Nossa sociedade quase não mudou também. Antigamente havia os senhores de engenhos, donos de latifúndios e os escravos, servos desses. Hoje temos os ricos - parece que cada cidade, sobretudo as de pequeno e médio porte, tem um dono - e a grande massa trabalhadora, os escravos, inventando a feijoada para conseguir viver.
Embora haja uma solução muito simples – a educação ou, ainda melhor, a capacidade de ler e tirar suas conclusões; ter uma opinião própria sem influência alheia – receio que o melhor para o Brasil seja nascer de novo.
2 comentários:
Tal como ouviu Nicodemos do Mestre. É necessário nascer de novo. Abraço.
Confesso que não tinha percebido essa conotação religiosa na conclusão. É muito interessante o fato de a interpretação ser individual, nem sempre é como o autor pensou.
Obrigado pela visita e pelo comentário, Gustavo.
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