segunda-feira, 9 de abril de 2007

Não seja quixotesco

Dom Quixote é considerado o melhor de todos os livros. Ele conta a história de um homem que, de tanto ler, acabou enlouquecendo, acreditando no que lia. Por ser fissurado em novelas de cavalaria, achou que fosse um cavaleiro e saiu por aí para combater os mais perversos inimigos. Porém, nenhum desses era real, por exemplo, o moinho que D. Quixote imaginou ser um gigante.

É dessa excelente obra que vem o adjetivo “quixotesco” que significa ingênuo, sonhador, romântico, desligado da realidade e – acrescento aqui – aquele que acredita no que lê. Por que digo isso? Simplesmente, por ter visto muitas pessoas cometendo o mesmo erro de D. Quixote: só porque algo está escrito, acredita que é verdade. Ora, é primordial que analisemos os fatos.

Não escrevo isso por ter lido “O Código da Vinci”, de Dan Brown. Obra que considero ficção, ou seja, o autor se baseou em alguns fatos e dados verídicos para inventar uma história surreal (lógico, há quem discorde). Mas sim, por ter lido a última reportagem da Veja. Isso mesmo a revista desta semana com o título “O Alerta dos Pólos”.

Quero deixar bem claro que não pretendo desprezar nem menosprezar a revista ou a matéria, apenas quero alertar os leitores.

Na verdade, gostaria de apresentar uma outra leitura que vai de encontro à reportagem especial da Veja quando ela afirma que há derretimento do gelo polar e que isso afetaria no nível do mar.

O artigo encontra-se na Agência FAPESP (clique
aqui para vê-lo) e começa assim:

“Cerca de 10% da área do planeta Terra é coberta de gelo e 90% desse volume está na Antártica. Mas, diferentemente do que se tem noticiado, a Antártica não está derretendo e o continente contribui minimamente para o aumento no volume das águas marinhas observado nos últimos anos.”

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito oportuno de sua parte ter tocado nesse polêmico assunto, uma vez que tem-se veiculado uma grande quantidade de informações na mídia, muitas vezes levianas e não condizentes com a real situação da humanidade (sobretudo se analisadas sob o rigor científico). Faz-se mister a condução de profícuas discussões como essa, no intuito de desmistificar certos conceitos, senão equivocados, ao menos questionáveis.

Unknown disse...

Gostei muito da maneira clara e objetiva que você escreve, precisamos de mais escritores assim: coesos e realistas.