segunda-feira, 21 de abril de 2008

Crítica à entrevista da Globo

Assistindo à entrevista do casal acusado da morte da Isabella, pude observar que:
1- a madrasta fingia o tempo todo que chorava, mas sem derramar lágrima (tudo bem, ela derramou uma ou outra, não mais);
2- o pai falava a mesma coisa o tempo todo, apelando para o valor da família. Falava que a família dele era exemplar, ímpar, parecia até de extraterrestres, pois não brigavam. Que ele nunca relou a mão nela. E que a Isabella era uma criança dócil e não dava nenhum trabalho, sempre aceitava tudo e respeitava todos. Ele teve de insistir, repetir e se convencer até conseguir se emocionar um pouco no final;
3- a entrevista não foi bem feita, pois o casal não falou sobre o crime, sobre as acusações. Eles só falaram sobre a família. Parece até que o entrevistador estava tentando ajudá-los a se defender. Acho até que um qualquer que acabou de sair do BBB faria algo melhor.

A Globo não deveria ter se sujeitado a isso só por causa da audiência. O que será que o Arnaldo Jabor, o Alexandre Garcia e o Percival de Souza têm a dizer sobre esse teatrinho que exibiram? Olha que não citei o Datena nem o Boris Casoy. Cabe à Globo entrevistar as testemunhas que contradizem o que o casal declarou e fazer um jornalismo mais imparcial, que busca a verdade.

O Faustão, no seu programa, antecipou a inoportunidade de um pré-julgamento, mesmo diante de provas já fartamente divulgadas. Será que alguém acredita na versão do casal de que há uma terceira pessoa? Então por que não há nenhum indício?

Já que a justiça hesita em extraditar o Abadia para os EUA, então, vamos trocar, vamos mandar o Alexandre Nardoni e a Anna Carolina Jatobá, mas claro, para um Estado que, ao menos, tenha prisão perpétua.

Quem acusado de um crime hediondo não aproveitaria para se defender, explicar minuciosamente sua versão no horário nobre?

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