sábado, 29 de outubro de 2011

Exame, vexame



Esta foto de Emmanuel Cunha (O Estado de S. Paulo) evidencia a precária educação brasileira. Primeiro, por causa do Enem, que é vestibular e avaliação do sistema educacional, mas que, na prática, mostra-se imperfeito: não avalia nem seleciona. Sobram planejamentos e ideias, mas faltam competência e idoneidade aos profissionais envolvidos com o exame. Segundo, porque a foto mostra nitidamente que nossos estudantes não têm uma boa formação. Falta-lhes intimidade com a língua. Observe que eles não sabem a diferença entre “mas” (conjunção adversativa) e “mais” (advérbio ou pronome) e escrevem “O Enem é circo ‘mais’ os alunos não são palhaços!”. É claro que faltou também uma vírgula para separar as orações coordenadas, mas isso parece ser de menos.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Hífen (nova ortografia)



Cada língua tem sua dificuldade, a do português deve ser o uso do hífen. Realmente, nunca foram muito claras suas regras, e, agora que mudaram, muita gente está a ver navios.

No primeiro quadrinho, o erro está em “auto-ajuda”, que agora é autoajuda. A regra vigente ensina que não devemos usar hífen quando o primeiro elemento (prefixo) terminar com letra diferente da que começar o segundo. Observe micro-ondas. Contudo, obviamente, como toda boa regra do português, existem exceções.

No segundo quadrinho, o problema está em “fim-de-semana”, que mesmo antes desta reforma não era usado com hífen. Isso segundo o Houaiss. Assim sendo, a maioria dessas palavras (substantivo + preposição + substantivo) não tem mais hífen. Outros exemplos: pai dos burros, mão de obra, dia a dia.