domingo, 1 de abril de 2007

Prática da teoria do feijão-com-arroz educativo

Há, na edição da Veja de 4 de abril de 2007, p.24, um artigo do Cláudio de Moura Castro que compara a educação da Finlândia com a do Piauí (estão lembrados da escola Dom Barreto, a melhor no Enem?).

Neste artigo, ele enumera algumas características do ensino feijão-com-arroz (ou seja, o ensino mais óbvio, que todos conhecem e sabem que dá certo. Nada de enfeitar o pavão) praticado nesses dois lugares. As que mais me chamaram atenção foram:

1) “Provavelmente, os professores nunca ouviram falar nem nos autores nem nas teorias da moda pedagógica. Contudo, conhecem bem os assuntos que ensinam e aprenderam a ensinar. De fato, pedagogia para eles significa saber ensinar cada ponto da matéria.”

2) “A sala de aula é convencional. Existem avaliações freqüentes, bastante dever de casa e muito feedback para o aluno. A jornada de trabalho é longa (pelo menos cinco horas), mas não há necessariamente tempo integral. Os alunos são seriamente cobrados e precisam estudar. A disciplina é ‘careta’ (por exemplo, não se pode conversar durante a aula).”

3) “A família acompanha a vida escolar do aluno e o vigia de perto, para assegurar que ele fez o dever de casa. Além disso, conversa muito com ele e garante a existência de um ambiente físico e psicológico que favorece o estudo e o aprendizado. Televisão berrando ou sintonizada na novela pode ser a distração da família, mas desvia o aluno do seu maior projeto de vida, que é a educação.”

Não deixem de ler o artigo.

Nenhum comentário: