Por outro lado, Brasil é o país do ceticismo também. Quase concomitantemente, a imprensa soltou uma pesquisa que afirma que royalties do petróleo não melhoram educação no Rio de Janeiro. Que coincidência, não? Estou ficando neurótico ou a imprensa quer insinuar que essa verba vinda do pré-sal não terá valia? Ora, dinheiro não é tudo, mas tudo envolve dinheiro. Uma escola com boa infra-estrutura (salas, lousas, mapas, merenda, transporte, etc.) não obterá um grande êxito, se não tiver professores capacitados e motivados. Assim como uma que conta com bons professores, mas não tem infra-estrutura. Lembra-se das escolas de lata? Em ambos os casos, o investimento precisará ser alto para alcançar o equilíbrio e, conseqüentemente, ter sucesso no ensino. Isso sem falar da direção escolar, pois há – e como há – algumas que tolhem o vôo do professor.
Portanto, não vamos, por favor, querer inventar um D. Sebastião e ficar esperando por ele. Isso é coisa de português. E se caso ele aparecer, com certeza, não salvará a pátria. Nem vamos ser pessimistas ao extremo e dizer que esse dinheiro não vai ajudar. Sejamos mais realistas. Vamos nós, trabalhadores brasileiros, exigir mudanças significativas e concretas, como as que aponto aqui, para elevar o nível do nosso ensino. Pelo menos para sairmos do vergonhoso último lugar.